terça-feira, 19 de agosto de 2008

Estava eu sentado na cadeira de balanço, indo pra frente e pra trás, bem mansinho, saboreando a brisa da manhã, espantando as moscas com a fumaça de meu cachimbo, esperando um momento certo para começar meu passeio pela floresta como sempre faço. O rangido da minha cadeira era "nhoc" pra frente e "nhoc" pra trás.
Parei um momento e olhei para um lado, e "nhoc" pra frente e "nhoc" pra trás.
Parei mais uma vez, olhei para o outro lado, e "nhoc" pra frente e "nhoc" pra trás.
Era simples assim: "nhoc" pra frente e "nhoc" pra trás.
Dei um último trago, baforei nas moscas e "nhoc" pra frente e "nhoc" pra trás.
Pensei só mais um pouco e "nhoc" pra frente e "nhoc" pra trás.
Consertar a cadeira? Que nada! O balanço era tão gostoso que de parar eu não era capaz, pois era "nhoc" pra frente e "nhoc" pra trás.